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Teresa Azevedo

Mulher menina prosa e verso

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Textos

Homenagem póstuma a minha tia Antonia que ajudou minha mãe me criar
A ti que hoje nos deixa com sereno semblante.
Semblante de quem viveu tanto ano e a muitos amou.
A ti que viveu para dar de si, sem esperar recompensa.
Semblante sereno, de quem não morreu.
A ti que celebra com paz o repouso Divino.
Semblante sereno, iluminado de amor.
A ti que durante toda jornada soube apenas servir.
E espelha um sereno semblante de quem sua missão soube cumprir.
A ti que a tantos abraçou e acarinhou,
Que tem o semblante carinhoso e materno.
Jamais gerou filhos! Mas a tantos adotou.
A ti que a nós todos cuidou e a si mesma se esqueceu.
A ti com coração tão grande que a todos abrigou.
E nós que a julgamos tão nossa, hoje vemos o quanto,
Tu foste tão plenamente capaz
De nos amar tanto individualmente,  aos outros também.
Com a intensidade do amor de quem só a um pode amar.
Repousas serena em teu leito de morte,
Mas saibas que bem viva está tua chama de amor
Em cada um que de ti pode absorver um pouco,
Lição e ensinamento que jamais serão vãos.
Podes partir para Glória sem deixar tristeza, saudades sim,
Quanta saudade deixará quantos conselhos teus ainda ouviremos,
Pois em nossas mentes já se fazem morar, mas não tristeza.
E quanto ao consolo para nossa dificuldade, a lembrança de tua garra e ânimo será nosso alivio.
Ficas aí, serena espere por nossa chegada. Vivas em nossos corações até partamos daqui...
Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 08/02/2010
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