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Teresa Azevedo

Mulher menina prosa e verso

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Textos

Esta amiga: a solidão!
Tive uma infância e juventude feliz. Quando adulta, sempre atarefada com os filhos, estudo, trabalho e casa, tive naturalmente alguns momentos de solidão, mas foram bem raros nesse período. Porém, quando se passa dos cinquenta você começa a observar esta amiga solidão em si em a seu redor com maior frequencia.
É Impressionante o número de pessoas que a tem como sua maior companheira.
Caminho pelas casas e vidas de amigos, parentes,  vizinhos e a encontro tão presente em todos esses lugares.
Na velhice, quando mesmo tendo parentes e amigos ao nosso lado, tantas vezes a surdez nos torna totalmente solitários e alheios ao mundo, sinto minha mãe assim tantas vezes. Felizmente tem ao meu pai que dizendo bobagens ou verdades a acompanha em tudo com seus quase oitenta e nove anos de idade. Ele, por sua vez, sente-se só, ama andar aqui e ali, conversar com todo mundo e agora que a tem acompanhado diuturnamente faz isto raramente, pois ela vive em casa cheia de limitações. Na casa acima da deles moram também dois idosos, ela muito forte apesar de seus muitos cânceres, já passou por diversas cirurgias para remoção de alguns e vive em intermináveis sessões de quimioterapia. Ele com sérios problemas de coração, diabetes e outros, sem filhos para os acudir contam com os sobrinhos eventualmente.
Acabo de receber a ligação de um amigo querido de apenas trinta e seis anos de idade, que está internado por ter sido submetido a uma cirurgia. Perdeu os pais e vive solitário , na maior parte das vezes quando são a solidão não parece tão sua amiga, afinal ainda é jovem, mas nestes dias em que está internado tem se sentido muito só.
Quantos amigos da minha idade que se sentem assim, depois do divórcio, fica difícil encontrar alguém com quem de fato possa estar lado a lado, os filhos crescem e vão cuidar de suas próprias vidas e aí?
Eu, por muitas vezes preciso da solidão para produzir ou ainda em minhas fases depressivas em virtude do transtorno afetivo bipolar, em que não quero ver ou falar com ninguém, mas por outras a solidão me é inimiga ainda que próxima. Felizmente, tenho um companheiro com o qual estabeleci limites de estarmos juntos ou perto, assim ainda que me arrisque a solidão tristonha vez por outra, normalmente a tenho como solidão necessária.
A essa amiga solidão...
Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 30/10/2011
Alterado em 31/10/2011
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