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Fêmea minha, homem meu!
Fêmea minha, homem meu! Ele: Captarei seus ecos nesta noite seca. E na escuridão sem lua quero vê-la nua, Tocar seu corpo e sentir seu cheiro. Cheiro de mulher, de fêmea minha. E nas vertentes de nosso amor Serei seu e você minha. Seremos um, apenas nós. Molha meus lábios com seus beijos, E ainda será noite quando eu partir. Não chore, por favor, Pense apenas que sempre voltarei. Não há no mundo nada que me prenda. E quando o sol raiar e não estivermos juntos Saiba que estarei pensando em você, Pois nada mais me fascina. Só você anima meu corpo. Apenas em você sou eu mesmo, Em você me completo E me encontro a cada instante. Ela: Eu o vejo aqui, O vejo em mim. Desenhado em meus lençóis, Nossas alcovas. É meu amigo e companheiro. Às vezes é apenas o travesseiro. Em alguns momentos é um sonho Em outros, realidade. Mas nunca foi pesadelo. É meu sol, minha lua Meu ar, meu par. Mesmo distante está aqui, Tão próximo e tão meu. E eu que sou tão e somente sua Vivo cada dia a desejar Que juntos possamos estar. Cada um no que é seu. Individualmente um, Unicamente dois, Nós apenas sós. Venha ou deixa-me ir. Texto extraído do livro “Faíscas da Paixão” de Teresa Azevedo adaptado para performance sob a direção da autora e apresentada na CENAPEC e na Câmara Municipal de Paulínia. Pintura de Gustav Klint Teresa Azevedo
Enviado por Teresa Azevedo em 31/03/2014
Alterado em 20/04/2014 Copyright © 2014. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |